Numa reunião em que foram discutidos vários pontos, a Assembleia confrontou a Câmara com as obras de requalificação da Praça Brandão de Vasconcelos e com a possibilidade de empréstimo de seis milhões de euros por parte da Câmara às Estradas de Portugal, anunciado pelo presidente Artur Neves aquando da visita da ministra da Agricultura.
O assunto de abertura da sessão, realizada a 26 de setembro, foi a requalificação da Praça Brandão de Vasconcelos. O período de intervenção reservado aos munícipes foi quase todo preenchido com comentários sobre as obras na praça central, merecendo o assunto o reforço de posições dos membros da Assembleia Municipal. Fernando Matos Rodrigues, membro do movimento “Em defesa da nossa Praça” (MDNP) e professor de Arquitectura, defendeu que “a praça é um espaço de memória e identidade colectiva”, acrescentando que “construir novo não deve nem pode eliminar o antigo”.
Já Cláudia Pinho, uma das principais impulsionadoras do movimento, alertou que a intervenção na praça “não é dinheiro investido, é dinheiro mal gasto”. A empreitada é, na opinião da munícipe, uma “descaracterização daquilo que existe com o falso pretexto da modernização”. A arquitecta acusou a Câmara de promover uma “intervenção infeliz e contra a vontade dos arouquenses”, referindo-se à discussão pública que apelidou de “rasteira”, uma discussão que “foi feita, mas não foi feita”. “A decisão já estava tomada antes dessa discussão pública”, acrescentou.
Leia mais sobre o assunto no Discurso Directo de 30 de Setembro.